terça-feira, 24 de julho de 2012

Ficamos felizes com a sua presença no Arraial Afro Julino 2012

E quando você dança Jongo... Pisa na tradição!


O tempo é algo inusitado, pois sempre nos serve de parâmetros, para olhar para traz, fazer constantes reflexões e reafirmarmos a nossa resistência e identidade. Saber que nove anos se passaram, desde o primeiro, e que toda essa caminhada foi a construção de uma história repleta de aprendizado. 


Por isso dizer que “Nunca é tarde para voltarmos atrás ebuscarmos nossas raízes”, seria voltar num tempo, além de nossa existência, seria lembrar que “Trabalhei suei sangrei...” e que nessa terra de todos, muito tem dos meus... Que quando eu falo “Vovô Dito sabia de tudo... Vovô Dito mandou me buscar...”, digo também que a ancestralidade está atuando em todo momento em cada um de nós.

Quando o tambor toca na Fazenda Roseira, dizemos com toda certeza “Sarava terra que eu piso...”, porque é real a importância de estar naquele local, compartilhando a casa grande com todos, sem destinção de raça, credo e orientação sexual e posição social... Porque a liberdade é um direito de todos. Ah! Como é bom saber que ainda temos espaço pra todos.

Então podemos dizer com toda certeza, que cada espaço, cada comida, cada atração, cada sorriso, cada abraço, cada ponto, cada roda, cada choro e cada elemento, serve unicamente para que todos se sintam contemplados. O arraial durante esses nove anos de existência, não teve nenhum outro foco a não ser agregar pessoas maravilhosas, como as que vimos andando, passando muita energia boa e compartilhando esse momento impar para a nossa comunidade.

“Saravá jongueiros velhos...”! Porque é legitimo reconhecer que temos nossos mestres e com muito orgulho podemos indicá-los aqui... Mestre Tio Dudu, Dona Maria Alice, Tia Cidinha, Tia Edite... Filhos de Dito Ribeiro, também Dona Vera, que nos acolhe de forma maternal e carinhosa sempre. Sem esquecer de todas as comunidades que tiveram com agente, que citar nomes, poderíamos ter o risco de esquecer de alguma, pois todas são essencialmente importantes dentro de todo nosso processo histórico de formação. Mas como é bom saber que temos nossos jongueiros velhos para “pedir proteção a jongueiro novo... Pro jongo não se acabar...”.

Sem esquecer de dizer que o coletivo se estende muito além do conceito de comunidade, pois temos a família Ribeiro, Santos e Baltazar em peso, comunidades tradicionais de terreiro, pontos de cultura e pessoas que conseguimos arrebanhar durante esses nove anos de caminhada e que acreditam na nossa ancestralidade.

“Tem que ter jongueiro novo O lê lê...”! Somos uma comunidade jovem em toda sua essência... Então citar o nome de alguém aqui, teríamos que ter muitas pagina ainda, mas estamos aprendendo, no dia a dia, com a ancestralidade e com toda energia que ela nos oferece. Mas é importante ressaltar, que na comunidade, aprendemos que a liderança jovem é funcional e legitima na pessoa de Alessandra Ribeiro.

“Adeus papai, Adeus Mamãe...”!Assim encerramos a 9ª edição do arraial, já convocando todos para a 10ª edição, que será tão especial quanto essa, certamente no segundo sábado de julho. Essa festa é feita de parcerias, pois cada barraca, cada atração e cada visitante são fundamentais para a continuidade e resistência dela.

“Roda de jongo quando acaba ela não fica no caminho, é guardada por Nsa. Senhora e carregada por São Benedito”.

Axé pra todos

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